Bom, estava eu agora arrumando minha cozinha, ouvindo Blues
e comendo sorverte Napolitano direto do pote, enquanto minha mente vagueava
entre minha programação para hoje (domingo 18jan2015)…meu projeto de
Mestrado..o último artigo que li..até que BAM!
Comecei a pensar e a me
questionar sobre aquele momento entre o nascimento e a morte e que muitas
pessoas chamam de vida. E me questionando sobre o sentido da vida (sim, sou o
tipo de pessoas que faz isso de forma constante), estava tentando entender o
comportamento das pessoas e o que me levou a estar atualmente onde estou, sendo
consumida pelo calor do Rio de Janeiro aos meus 24 anos e 6 meses.
Para iniciar meu raciocínio e para que ele tenha alguma
lógica para você, caso esteja lendo isso, começo dizendo que a grande massiva
parte da humanidade passa a “vida” tentando agradar um ser “supeior” para
receber sua “recompensa”. Par alguns em alguma parte do mundo essa recompensa
são várias virgens ao seu dispor, para outros é algo chamado paraíso, para
ainda outros é estar na glória e presença do todo poderoso, serem arrebatados
..e por aí vai..e para alcançar essas coisas as pessoas fazem de um tudo..umas
se explodem, outras ficam dando dinheiro (e muito dinheiro) para encher o cú
dos seus lideres, outras fazem serviços a favor da sociedade..e por aí vai
também.
Depois de pensar nessas coisas ditas acima, comecei a pensar
sobre o início do meu “eu”. Sim, e cheguei a conclusão que sou o produto de uma
improbabilidade, ora veja bem.. de todas as possibilidades de encontros
possiveis e paixões possiveis minha mãe (que nasceu em um determinado lugar do
estado do RJ) e meu pai (que nasceu em outro determinado lugar do RJ) estavam
morando em uma mesma cidade..e por algum motivo se conheceram, e por algum
motivo resolveram ter um relacionamento, e agora que vem a parte mais
interessante.. de todos os ciclos menstruais possiveis e de todos os óvulos que
poderiam ser liberados neste ciclo estava cintilando lindamente no útero de
minha mãe o óvulo que constitui a minha metade gênica, e de todos o milhões de
espermatozóides produzidos por meu pai em todo o momento de sua vida esta lá,
presente naquele momento singular o espermatozóide que contitui a minha outra
metade gênica, e se não fosse aquele momento específico, com aquela combinação
especifica , nunca mais haveria-se a chance de se conseguir “EU”, como um
produto genético desta combinação ímpar.
Então pois bem, eu sou uma improbabilidade consciente (e por
esse motivo cheguei a este raciocínio escrevendo essas besteiras acima) e elém
de ser uma improbabilidade e de ser consciente, sou também uma improbabilidade
consciente momentânea, porque meus caros daqui a 50 ou 60 anos (se tudo der certo), serei apenas uma
memória deixada para trás que deixou talvez tenha deixado genes pelo mundo (no caso de eu ter
descendentes).
Agora já que sou uma improbabilidade consciente e momentânea,
acha correto que eu gaste minha vida e meus recursos me preocupando com a
salvação divina e com o estado da minha alma?
Cara, fico indignada com pessoas se preocupando com minha
vida por mim, sendo que a pessoas mais interessada (que no caso sou eu) não se
preocupa! E sabe, já que eu sei que você que está lendo este texto se encontra
no momento entre seu nascimento e sua morte, se preocupe mais com sua vida
porque ela é também uma improbabilidade e eu quero gastar minha improbabilidade
comendo pizza, tomando sorvetes, cervejas e café, trabalhado no que amo (e é o
que faço atualmente) e fazendo amor. Isso sim pra mim é recompensa por ser
produto de uma improbabilidade. E ao fim de tudo poderei dizer "ATÉ MAIS, E OBRIGADA PELOS PEIXES!"
Agora, podem ficar com esses vídeo: