De repente abri as gavetas de meu guarda-roupa e comecei: essa eu não uso, essa eu uso, não uso, não
uso, não uso, uso, uso... Depois de 10 minutos percebi uma pilha de roupas “não
uso” jogada ao chão, e gavetas que pareciam inarrumáveis possuem agora espaço
de sobra.
É bem comum ouvir pessoas dizerem quando se mudam de casa: “Poxa! Eu
tenho tanta coisa e não sabia.” Na verdade não se tem tanta coisa. Não! Na
verdade tem-se tralha, lixo, coisas que não usamos, mas mantemos lá, por
comodidade. E não é apenas a respeito de objetos a que me refiro ao dizer que
juntamos “tralha”. Pode-se transferir essa ideia para a vida, para o dia-a-dia.
Somos acumuladores
naturais de lixo, isso é fato! Lixo de relações, lixo de emoções, lixo de
sentimentos. Até que chega um gracioso momento em que a pessoas sente-se
sufocada... mas não percebe que todo o lixo que é guardado acaba por ocupar
espaço para novas coisas, novas experiências, novos encontros com a vida.
A ideia aqui é livrar-se de toda a tralha, tudo aquilo que te sufoca e
faz mal. O desafio é apenas identificar o que de fato te faz mal... (as vezes
pode ser muito difícil perceber essas coisas). Mas se acha a ideia muito
radical, bom... você pode tentar arrumar as coisas velhas, reorganiza-las, compacta-las
em algum canto. Quem sabe com isso sobre uns espaços para as tais “coisas
novas”.
É claro que a teoria é muito lindinha (toda a teoria o é), porém essa
consideração não é de todo ruim, de fato, pode até ser muito boa. Acho que no
final, eu não deva estar tão errada, não é mesmo?
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