segunda-feira, 18 de julho de 2011

restrições e cultura



"a natureza instintiva do homem sempre colide com as barreiras culturais. Os nomes vão mudando, mas o fato permanece o mesmo." (Carl Gustav Jung – Pscicologia do Inconsciente)

Há sempre algo, alguém, alguma coisa dizendo ao ser mundano e humano o que fazer, eh uma voz inaudível, eh algo mais velado, como o sussurro de uma brisa primaveril (não sei exatamente o que isso quer dizer, mas ficou bonito na escrita).

Existe, pois, um conflito interno entre o que se QUER SER e o que se PODE SER (em outras palavras, o que lhe é permitido ser). E não é que não se PODE por que se é incapaz, mas a incapacidade vem de aceitar ser dominado e controlado pelo arranjo social, pela cultura.

O homem é um ser cultural, produz cultura, é algo inato, não precisa que alguém o obrigue. Cultura é produzida a todo momento. Mais aí vem um detalhe... tudo é cultura? De fato, o que pode ser chamado de cultura em meio essa miscigenação de produções humanas? A grande parte das coisas é mais um monte de LIXO.

E neste ponto voltamos a você, pessoa, que se vê impedido de QUERER SER porque o LIXO diz que você apenas PODE SER o que 'ele' quer que você seja. Ocorre uma aceitação em massa dessa babaquice que faz com que você se torne parte do 'lixo', e ninguém se importa porque todo mundo faz parte mesmo... e daí, né?

O humano é um animal reprimido e bem domesticado. Mas isso é impossível (quase) de perceber, porque como é reprimido e bem-domesticado, acha que o funcionamento do sistema é de um jeito só. Mais uma vez... mais aceitação de babaquice e engolimento de 'crap', porque é isso que mantém a engrenagem do sistema bem lubrificada.

Aí quando as pessoas surtam e vêm à tona aquela personalidade reprimida ninguém entende. Vai saber porque... não é mesmo?

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