domingo, 26 de junho de 2011

Estranho Mundo, Mundo Estranho Meu...


Sabe quando o seu dia é uma sucessão de eventos estranhos e você se sente muito peculiar a respeito de tudo que ocorre e resolve postar isso em seu blog?
Pois é, meu dia foi assim hoje, quer dizer... o dia ainda não acabou, falta muito para que o hoje se transforme em amanhã porque são umas 4 da tarde agora. Mas antes que acontecesse mais coisas estranhas que me fizessem esquecer as coisas estranhas já ocorridas... tive que escrever agora!

Tudo começou as 5:30hs da manhã (ou madrugada, como preferir), me pus de pé para relembrar alguns pontos necessários de uma prova importante que tinha às 9:30am. Tudo ocorreu muito bem, até que umas 8:20am começo a ouvir uns gritos e xingamentos bem dos profanos na rua. Pois é, meus vizinhos do lado esquerdos estavam tampando na porrada, literalmente! Em meio aos berros era possível ouvir pedaços de madeira e ferro baterem no chão. O meu pensamento? - "Ai merda! vou levar uma paulada na cabeça"
Mas como que por mágica, ou simplesmente um produto da loucura, silêncio... um silêncio estranho... é a briga tinha acabado bem no momento em que eu precisava sair de casa.
Então fui eu andando feliz e pensando que me livrei de uma paulada na cabeça.
Eu sempre vou andando pra faculdade, só que pra isso tenho de passar por um pasto, mas normalmente é tudo muito tranquilo, bem verdinho e bonitinho, levo 20min.
Mas de repente, quando olho em direção ao mato verde e bonito, vejo um bando de bois no caminho, mas não são qualquer tipo de boi. São daqueles bois brancos, com um "cupim" enorme no dorso e que ficam te encarando, isso quando não correm atrás. Fiquei parada uns 2min pensando no meu destino lá, afinal já eram 9:00am. Respirei fundo e comecei a caminhar em direção aquelas criaturas medonhas tentando usar o poder da mente para mover os bois, eu pensava: "Saiam daí, saiam daí, saiam daí..."
Cheguei a duas conclusões, morro de medo de que bois corram atrás de mim e minha mente não tem poder. Parei de andar e resolvi que encontraria alguém que me levasse de carro à faculdade. Então liguei para minha avó, deu ocupado. Aí liguei para minha tia, chamou e ninguém atendeu. Comecei a xingar e praguejar, até que uma colega de faculdade passou, do nada, de carro, me ofereceu carona. Ufa...!
Na hora da prova me dei muito bem, estava fácil fácil.
Meio-dia cheguei em casa e fui direto dormir, estava exausta. Aí meu sono foi interrompido inúmeras vezes devido a eventos externos. Minha cachorra começou a latir loucamente, tinha um gato que ficava miando, o filho do vizinho do meu lado direito que deve ter uns 5 anos não fala, ele berra! E para minha doce felicidade ele berrava! Também tinha meu vizinho da frente, que está na maior parte do tempo em realidade suspensa (bêbado) e ele estava falando alto e enrolado. Em meio a isso tudo tinha um caminhão enorme passando na rua que de repente começou a buzinar, uma coisa bem estridente aquela buzina. Não bastasse tudo isso, um cara com carinho de picolé também buzinava aquela coisa de som histérico.
Decidi levantar, feliz por ter ido tão bem na prova e estar me sentindo tão leve, e um pouco peculiar por os eventos externos terem sido tão caóticos.
Começei a pensar então que existe uma certa harmonia, como uma melodia bem, escrita, ou uma dança bem executada.
Ocorre assim: quando o mundo EU (mente, corpo) está em ordem, o mundo EXTERIOR está tomado pelo completo caos e loucura; e quando o mundo EXTERIOR está em ordem, o mundo EU é que está um caos e louco. É muito bom se sentir em ordem depois de tanto tempo se sentindo um caos e louca. É uma dança complexa e bonita de ser observada.
É estranho que seja assim mas o fato é que é. A ordem e o equilíbrio estão imersos no mais puro e completo caos.

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